"Brasil tem baixo desempenho e estagna em ranking mundial da educação básica".

Essa foi a manchete da CNN Brasil que li esses dias e que trouxe certa tristeza para meu coração. Essa notícia, como tantas outras que vemos, é um reflexo triste da realidade da educação no nosso país. A cada avaliação internacional, o Brasil parece ficar para trás, enquanto o mundo avança. A última pesquisa revela o quão distante estamos, como país,  de preparar nossas crianças para os desafios do futuro. E, se me permite ser franca, não vejo muitos motivos para acreditar que essa situação irá melhorar de forma significativa, principalmente quando vemos a falta de interesse dos políticos em reverter esse quadro. Para muitos, talvez seja mais conveniente que a população continue sem acesso à educação de qualidade, sem consciência crítica, em um ciclo de controle e estagnação.

Mas, sabe o que me conforta, minha amiga? A educação liberta. Lembra da Reforma Protestante? Lutero e os pais da Reforma acreditavam profundamente no poder da educação. Eles sabiam que o conhecimento era a chave para a verdadeira liberdade, por isso lutaram para que a Bíblia fosse traduzida para o idioma do povo, para que todos, sem exceção, pudessem acessar o conhecimento.

 Antes da Reforma, a educação estava restrita a uma elite, e o povo era mantido na ignorância. Mas quando a educação se democratizou, ela não só trouxe liberdade espiritual, mas também intelectual e política. Foi a educação que possibilitou a transformação daquela sociedade. E não podemos esquecer que a Reforma Protestante não só transformou a educação, mas também a economia, a política e várias outras áreas da sociedade, criando um impacto profundo na cultura e no mundo como um todo.

Sinceramente, amiga, quero trazer essa memória histórica para refletirmos juntas sobre o que está acontecendo hoje. Se nossos filhos crescerem sem o conhecimento que os prepara para a vida, sem a capacidade de questionar, refletir e entender o mundo de forma crítica, como podemos esperar que eles se tornem cidadãos responsáveis e capazes de viver o propósito que Deus tem para eles?

A educação deve ser, acima de tudo, uma ferramenta de libertação da mente. Ela deve abrir portas, ampliar horizontes e preparar nossos filhos para os desafios que virão. E eu sei que você, como eu, quer ver seus filhos crescerem em um ambiente onde o conhecimento seja valorizado, onde possam descobrir e aplicar o que é verdadeiro, belo e justo.

Agora, me permita

ser direta, amiga. Sei que muitas vezes o peso do dia a dia nos faz questionar se vale a pena investir tempo, energia e recursos na educação de nossos filhos. Sei que o cenário atual é desafiador e, muitas vezes, parece que ninguém quer nos apoiar, mas precisamos parar de esperar e agir. Precisamos ser as protagonistas dessa mudança dentro de nossas casas.  

Outro ponto importante que precisamos conversar é sobre  como o tempo em que vivemos tenta roubar o papel sagrado que Deus nos confiou como mulheres e mães. Em meio a uma inversão de valores, conceitos como maternidade, feminilidade e identidade estão sendo descaracterizados. Há movimentos que tentam apagar a importância única de sermos chamadas de mães, mas a verdade é clara e inegável: somos as únicas capazes de gerar e levar vida, um dom que Deus nos confiou de forma insubstituível.

Ao nos dar filhos, Deus nos chamou para sermos as primeiras vozes de ensino e amor em suas vidas. É por isso que o mundo tenta confundir e minimizar nosso papel, mas não podemos permitir. Somos nós que carregamos, nutrimos e protegemos a vida, com a autoridade que o próprio Deus nos concedeu. O tempo de agir é agora.

Sei que, assim como eu, você deseja mais do que apenas cuidar; deseja educar, transformar e preparar seus filhos para um futuro repleto de propósito e sabedoria. 

Na próxima carta, quero compartilhar como podemos juntas criar um ambiente de aprendizado que transforme a vida de nossos pequenos e os prepare para enfrentar os desafios do mundo.

Com amor e verdade,

kelly Oliveira